Eu gostaria muito de entender você, compreender tudo o que passa dentro da sua mente…
E enxergar todos os pontos e contrapontos do meu bem querer
Infelizmente não é me dada tal dadiva e o que resta é a duvida
Nessa montanha russa, eu quero ressonar, e compreender todos os seus loops
Porém, não é me dada tal dadiva
Somos tão diferentes, e nessa equação eu não estou em evidência
Eu não gosto de ideias rasas, é a complexidade que me fascina
Talvez, eu queria apenas um norte
Ou será que você foi fruto de uma idealização?
Eu criei você?
Dentro da cólera dos meus devaneios
Remontei romances e criei personagens
Naufraguei nos meus delírios
Caminhando nessa chuva gelada de sentimentos controversos
Assumo sem medo que gosto de você, meu personagem inventado
Minha ficção bonita
Personificação do meu platonismo grotesco
E sozinho permaneço e me desfaço com coração despedaçado
Triste e solitário
Tragando desesperança
Amo seus trejeitos
Eu me afeiçoei, me apaixonei, nesse universo de “…eis”
E acabei me perdendo em você
E agora saboreio o amargor da desilusão fabricada
Agora, e só agora, eu me lembro e tenho certeza
Eu criei você…
Autor: Gustavo Rugila