Eu viajo pelo tempo, dentro de constantes picos emocionais. Corro para fugir da sensação que devora a minha alma e tira a minha paz.
15 ou 30 minutos?
Eu não sei ao certo. Mas, tive a infeliz impressão de viver dentro de um loop infinito, onde tudo se maximizava em milhões de reações adversas e eu me perdia dentro daqueles tantos sintomas estranhos.
Toda aquela percepção racional se esvaía do meu ser.
Já não me reconhecia e quem assumia o comando era a emoção.
Torpe emoção enfadonha, porque roubastes a minha racionalidade?
O que ganhaste me levando embora?
15 ou 30 minutos?
Alguém afere minha pressão? Meça esse cão? E minha oxigenação?
Durante todo aquele imbróglio, a razão queria voltar, dialogar, ela queria me acalmar.
E quase todos os meus músculos se enrijeceram involuntariamente, se contraiam violentamente e, aos poucos, era agraciado com um intenso formigamento que abraçava meu corpo e me pegava pelas mãos sorrateiramente.
No meio daquele furacão, daquela erupção emocional, do curto-circuito, eu começava a tomar consciência e alí eu já sabia que tudo não passava de um grande truque.
Vivia uma farsa, uma grande mentira que eu inventei…
Respira… Fica calmo…
E ainda me perco na grande pergunta, na incógnita inalcançável…
São 15 ou 30 minutos?
Autor: Gustavo Rugila
Ansiedade…eita luta diária!! rsrs
Junho não tem textão?
Parabéns pelo livro, a capa é de muito, mas muito bom gosto. Desejo sucesso!