Estou reativando minha válvula de escape, fazia tempo que não me sentia assim, com esse desejo desenfreado de desabar, de gritar bem alto, de falar tudo.
Tenho uma enorme cicatriz, que as vezes teima em doer, certas lembranças me assombram, e me fazem vislumbrar tudo aquilo que joguei fora.
Eu sei que a minha felicidade não depende apenas dessa pessoa, os amores vão e vem, fluem naturalmente, entretanto eu não posso negar que as vezes sinto falta de você, sinto falta do passado, sinto falta do futuro que eu não tive.
Não mentirei, a sua ausência ainda me dói, sei que muitos verões se passaram, e que muitos invernos virão, e a vida vai continuar, você com a sua vida e eu com a minha vida repleta de interrogações.
Eu fico feliz em saber que você se encontrou, que a sua vida continuou, que se formou (que começou outra facul), que encontrou novos amores, e não te culpo de nada (pelo contrário), desejo apenas a mais pura felicidade, afinal de contas, o vilão da história sempre fui eu.
Infelizmente eu não superei você, os anos passaram, e eu ainda sinto a sua falta.
No final me contento com o seguinte pensamento: “o que foi bom, continua sendo bom para sempre”.
Fim…
Gustavo Rugila